O efeito da frequência de formas verbais no ensino e a produção de frases com o verbo Gustar

Odisseia

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ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O efeito da frequência de formas verbais no ensino e a produção de frases com o verbo Gustar

Ano: 2023 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: Lorrainy de Jesus Souza, Susanna Lourenço Cunha, Elena Ortiz Preuss
Autor Correspondente: Lorrainy de Jesus Souza | [email protected]

Palavras-chave: produção de frases, verbo gustar, espanhol L2

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta um estudo que objetiva analisar evidências de efeito de frequência de formas verbais no contexto de ensino formal e a produção de frases com o verbo gustar em espanhol por aprendizes brasileiros. A literatura mostra que, na aprendizagem da segunda língua, os aprendizes transferem estruturas da primeira língua. Porém, quando há distinções estruturais entre essas línguas, eles podem produzir erros, principalmente, ao se tratar de formas pouco ou não ensinadas. É o caso do verbo gustar (em espanhol), que não equivale totalmente, em termos de uso, ao gostar (em português) e, geralmente, é ensinado com a conjugação incompleta. Assim, a hipótese deste estudo é de que a frequência das formas conjugadas no ensino pode contribuir para a eficácia da produção dos aprendizes. Para avaliar essa hipótese, as produções foram divididas em dois grupos, segundo as formas conjugadas do verbo: 1) com formas conjugadas na terceira pessoa (gusta e gustan) que são mais frequentes no ensino; e 2) com formas conjugadas em primeira e segunda pessoa (gusto, gustas, gustáis e gustamos), que são menos frequentes no ensino. Os dados foram obtidos em tarefa de produção de frases, em que se indicava a forma verbal a ser usada em cada frase. Os resultados evidenciaram produções mais rápidas e acuradas com formas verbais mais frequentes (gusta e gustan), sendo significativa estatisticamente a diferença entre os grupos. Isso mostra que pode ser mais vantajoso aos aprendizes quando o contexto de ensino formal inclui todas as formas conjugadas do verbo gustar.



Resumo Inglês:

 

This article presents a study that aims to analyze evidence of the frequency effect of verb forms in the context of formal teaching and the production of sentences with the verb gustar in Spanish by Brazilian learners. The literature shows that, when learning a second language, learners transfer structures from the first language, but when there are structural distinctions between these languages, they can produce errors, especially when dealing with forms that have not been taught much or not at all. This is the case with the verb gustar (in Spanish), which is not completely equivalent in usage to gostar (in Portuguese) and is generally taught with an incomplete conjugation. Thus, the hypothesis of this study is that the frequency of conjugated forms in teaching can contribute to the effectiveness of learner’s production. To evaluate this hypothesis, the verb forms were divided into two groups: 1) with third person conjugated forms (gusta and gustan), which are more frequent in teaching; and 2) with first and second person conjugated forms (gusto, gustas, gustáis andgustamos), which are less frequent in teaching. The data was collected in a sentence production task in which the verb form to be used in each sentence was indicated. The results showed faster and more accurate production with the most frequent verb forms (gusta and gustan), and the difference between the groups was statistically significant. This shows that it may be more advantageous for learners if the formal teaching context includes all the conjugated forms of the verb gustar.