As empresas multinacionais contribuem para o desenvolvimento da capacidade inovadora dos
paÃses onde atuam, mediante a instalação de subsidiárias e centros de pesquisa. Todavia, ainda
hoje, a maior parte das atividades de inovação é realizada nos paÃses de origem, vindo em
segundo lugar as subsidiárias localizadas nos paÃses centrais. Os recursos que o paÃs anfitrião
oferece influenciam o nÃvel de P&D local, e constituem o que Dunning chamou de variável L
(localização) no seu paradigma eclético da produção internacional. Inclui um grande mercado
doméstico, abundância de pessoal qualificado e de baixo custo, infra-estrutura tecnológica
(universidades e institutos de pesquisa) e de comunicações, proteção da propriedade
intelectual, polÃticas comerciais e escala do esforço tecnológico nacional, e que definem o tipo
e o escopo da P&D que será realizada pelas EMNs num dado paÃs. O objetivo do artigo é
mostrar que os paÃses emergentes precisam de uma ação ativa do governo, de modo a
aumentar a sua atratividade para as EMNs. A Lei de Informática brasileira é um exemplo de
polÃtica bem sucedida, que trouxe ao paÃs dezenas de empresas estrangeiras, em troca de
incentivos fiscais e a exigência de P&D local. Os resultados se baseiam em entrevistas com
uma amostra de empresas da região de Campinas.