Este estudo teve como objetivo conhecer como os acadêmicos de Medicina percebem que a graduação
os prepara para o enfrentamento da morte, bem como compreender o que significa para estes alunos
o enfrentamento da morte e do morrer em sua prática formativa. Trata-se de estudo qualitativo de
caráter exploratório e descritivo. Foram utilizadas, como técnica de coleta de dados, entrevistas semiestruturadas
com cinco estudantes de Medicina que já estão no internato, analisadas a partir da
técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados aqui apresentados se referem apenas a uma
das categorias de análise criadas para o estudo — “sentir-se preparado frente à morte e ao morrerâ€.
Como principal conclusão deste estudo, em relação a esta categoria, podemos citar o sentimento de não
preparação assinalado pelos acadêmicos entrevistados, sobretudo em função da necessária objetividade
e do distanciamento “profissional†do paciente que está morrendo.
This study focuses on how medical students perceive the way that undergraduate medical education
prepares them to deal with death, and to understand what it means to these students to deal with
death and dying in their training. This was a qualitative, exploratory, and descriptive study. The
data collection used semi-structured interviews with five medical students that were already in their
internship (the final stage of undergraduate training in Brazil), analyzed on the basis of Bardin’s
content analysis technique. The findings presented here refer to only one of the analytical categories
for the study — “feeling prepared in the face of death and dyingâ€. The study’s principal finding in
this category is a feeling of unpreparedness, highlighted by the interviewees, especially as a function
of the necessary objectivity and “professional†distancing from the dying patient.