Em relação ao processo morte-morrer, cada sociedade tem sua
própria cultura, hábitos, crenças e valores, que aproxima ou a diferencia de
outras, oferecendo aos indivÃduos uma orientação de como devem se comportar
e o que devem ou não fazer diante deste fato. Os profissionais de saúde são os
que mais lutam contra a morte, mas sua formação e sua carreira são marcadas
pelo afastamento dela. Esta pesquisa teve como objetivos: reconhecer se os
acadêmicos do último perÃodo do curso de Medicina da Universidade Severino
Sombra se sentem preparados para o enfrentamento do processo morte-morrer
em sua prática formativa e conhecer como estes percebem que a graduação os
preparou para este enfrentamento. É um estudo de natureza qualitativa, realizado
através de 20 entrevistas semi-estruturadas com acadêmicos de Medicina do
12o perÃodo. Os resultados apontam que, apesar da maioria dos acadêmicos
se julgarem preparados para lidar com o processo morte-morrer, não foi
observada, durante a graduação em Medicina, fundamentação teórico-prática
adequada para este preparo. ConcluÃmos que o preparo para o enfrentamento
do processo morte-morrer dos acadêmicos de Medicina não ocorreu de forma
adequada e o que ocorre não é o enfrentamento, mas sim a fuga através da
criação de uma armadura protetora em que o acadêmico sente a necessidade
de se transformar em uma pessoa fria, com poucos sentimentos.
In relation to the death-die process, each society has its own culture,
habits, faiths and values, approaching or apart from others and offers an
orientation on how individuals should behave and what they should or should
not do about this fact. Health professionals are the ones who are fighting against
death, but his training and his career is marked by her departure. This research
aimed to: recognize that the last period of the academic progress of Medicine,
University Severino Sombra feel prepared to face the death-die process in its
formative practice and know how they perceive that the graduate prepared for
this confrontation. It is a qualitative study, conducted over 20 semi-structured
interviews with medical students of the 12th period. The results indicate that,
although most students consider themselves prepared to deal with the death-die
process, was not observed during undergraduate medical, theoretical-practical
suitable for this preparation. We conclude that the preparation for facing the
death-dying process of academic medicine did not occur properly and what
happens is not coping, but the trail by creating a protective armor in which the
students feels the need to transform on a cold person, with few feelings.