O engenho, a cidade e a seca: notas sobre a produção simbólica do Nordeste

Guavira Letras

Endereço:
Avenida Ranulpho Marques Leal, 3484 - Distrito Industrial II
Três Lagoas / MS
79613-000
Site: http://www.guaviraletras.ufms.br
Telefone: (67) 3509-3701
ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

O engenho, a cidade e a seca: notas sobre a produção simbólica do Nordeste

Ano: 2013 | Volume: 9 | Número: 17
Autores: Rafael José dos Santos
Autor Correspondente: R. J. dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: literatura, Nordeste, negionalismo, engenho, cidade, seca.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A concepção do Nordeste enquanto região é produto de uma construção simbólica na qual a Literatura cumpre um papel decisivo, principalmente entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX, antecipando-se, inclusive, à Geografia. A produção simbólica do Nordeste implicou na sua singularização em relação ao restante do Norte, sua contraposição conflituosa com o Sul, em particular com o Rio de Janeiro, bem como um mapeamento literário no interior da própria região, na qual os temas do engenho, da cidade e da seca delineiam espaços distintos. Procurase, inicialmente, demonstrar como se constrói discursivamente a singularidade do Nordeste em relação ao Norte, para, em seguida, analisar as representações do engenho, da cidade e da seca, percorrendo um caminho que se inicia com escritores como Franklin Távora e Sílvio Romero, mas que tem na década de 1920 o período decisivo na história da produção simbólica da região, com Mário Sette e José Américo de Almeida, além do movimento regionalista encabeçado por Gilberto Freyre.



Resumo Inglês:

The concept of the Northeast as a region is the product of a symbolic construction in which literature plays a decisive role, mainly between the second half of the 19th century and the first decades of the 20th century, even before geography itself. The symbolic production in the Northeast implied its singularization as related to the rest of the North, its conflicting contraposition with the South, particularly with Rio de Janeiro, as well as a literary mapping in the region itself, where the themes related to the sugar mill, the city and the drought outline distinct spaces. Initially it is aimed at showing how the singularity of the Northeast as opposed to the North is built discursively, and later representations of the sugar mill, the city and the drought are analyzed, tracing a path that begins with writers such as Franklin Távora and Sílvio Romero, but whose decisive period in the history of the symbolic production in the region is the decade of 1920, with Mário Sette and José Américo de Almeida, besides the regionalist movement headed by Gilberto Freyre.