O presente artigo tem como objetivo analisar o enquadramento e o fora de campo em Videogramas de uma revolução (Harun Farocki e Andrei Ujica, 1991/1992) a partir de três gestos marcantes no filme: a mise-en-scène do poder ditatorial, as imagens amadoras e a tomada da emissora estatal pelos manifestantes. A partir da definição de Gilles Deleuze de enquadramento e fora de campo, procuramos demonstrar como se dá a vinculação entre as mises-en-scène e seus componentes por meio desses dois recursos da linguagem cinematográfica.