Este artigo analisa como é realizado o ensino de produção textual em sala de aula no Programa de aceleração Asas da Florestania, em escolas públicas rurais de Cruzeiro do Sul- Acre. O foco central está voltado para a relação entre cognição, construção de conceitos e estratégias de representação da informação por meio de gêneros discursivos. Entende-se por gêneros do discurso, nesta proposta, as superestruturas. O trabalho foi desenvolvido com base na metodologia qualitativa e tem como arcabouço teórico, principalmente, os postulados de VanDijk, (2004), Lopes- Rossi (2002) e Fairclough (2001). Busca-se ampliar a questão: será que quando os professores enunciam as designações gêneros do discurso ou gêneros textuais ou tipos textuais, estão significando o mesmo objeto teórico? Desta forma, é necessário, antes de tudo, compreender sobre o que se está abordando nas aulas de LÃngua Portuguesa no programa Asas da Florestania, e quais as peculiaridades abrangentes em cada diferente abordagem. Os textos foram coletados de atividades realizadas em sala pelas professoras do Programa Asas da Florestania em Cruzeiro do Sul/AC. Na análise dos textos e dos resultados, trabalhei para verificar de que a maneira as professoras orientam as práticas discursivas de seus alunos em relação aos textos multimodais e se esse trabalho contribui para a construção crÃtica do discurso do aluno e, ainda, quais são as orientações quanto à s múltiplas funções e os significados dos Letramentos, subjacentes à s práticas discursivas utilizadas pelas professoras. Procura-se, enfim, compreender como são trabalhados os gêneros discursivos na sala de aula em uma comunidade amazônica.