Em geral, as nossas cidades continuam crescendo desordenadamente, com os bairros ao redor dos seus centros pressionados para mudanças de uso e ocupação do solo, sendo verticalizados e adensados sem planejamento adequado, comprometendo o acesso das edificações ao sol e à luz natural. Este trabalho propõe a aplicação do envelope solar como subsídio para determinação de formas regulatórias de adensamento e verticalização, e tem por finalidade verificar o potencial deste dispositivo como possível critério de diretrizes solares para o ambiente urbano, aplicadas no controle da ocupação do solo, compactação de bairros, ocupação de vazios urbanos, das periferias, das novas centralidades e das pequenas cidades. Foram gerados os envelopes solares em terrenos de diversos tamanhos e orientações com frente para ruas com larguras diferentes. Adotou-se o software Rhinoceros com os aplicativos Grasshopper e Diva para a geração dos envelopes solares. Foram analisados seus potenciais construtivos, e pelos resultados obtidos, verificou-se que, pode-se garantir aos lotes e edificações o acesso ao sol. Conclui-se que o uso do envelope solar, como alternativa de estratégia para o desenvolvimento de projetos para o parcelamento urbano e para edificações, serve para recomendar diretrizes solares para o planejamento urbano.
