Há um homem híbrido, meio apolíneo e dionisíaco, resignado, embora pareça meio
demente e imoralista, que, por convicção e fé resoluta em seu destino, resolvera, assim como um
misantropo avesso ao mundo próprio das pessoas, se refugiar nas entranhas de uma realidade
absolutamente desiludida, com toda sua sagacidade e perseverança, na qual o que impera é a
mais despretensiosa das morais, a da subversão. Ele, como bom exegeta do espírito humano que
é, com seu humanismo desordeiro e solitário, quase anárquico, debocha da liberdade do homem
comum e de seus líderes, os farisaicos homens de pouca fé na vida, subjugados pela
obrigatoriedade de seus múltiplos discursos doutrinais, enquanto esbraveja todo arbítrio e
espírito moral de uma transvaloração apenas vislumbrada.