Os estudiosos dos movimentos indÃgenas latino-americanos
freqüentemente tratam estes movimentos como se fossem organizações
homogêneas, compostas exclusivamente por Ãndios. Neste texto a autora explora
o pluralismo do movimento indÃgena colombiano a partir da análise histórica de
um caso exemplar: o Programa de Educação Bilingüe (PEB) do Conselho Regional
do Cauca (CRIC). Com base na análise da noção de interculturalidade, a autora
sustenta que as organizações indÃgenas constroem diálogos com a sociedade
dominante através de um processo de apropriação e reconstrução cultural que
reúne ativistas tanto indÃgenas quanto brancos e mestiços.