O espaço urbano, atualmente, é produzido por diferentes agentes a partir de interesses e práticas calcadas na razão neoliberal, tentando esmagar tudo o que encontra no seu caminho. Porém, esta experiência urbana não apaga de todo as possibilidades de fortalecer os territórios da vida humana, fazendo valer as possibilidades do comum. Este artigo faz uma reflexão sobre a tendência atual de organização dos espaços urbanos, suscitando e/ou consolidando as diversas formas de resistência às práticas espaciais autoritárias e violentas inerentes a essa racionalidade. O método de abordagem da presente reflexão aproxima-se do materialismo histórico-dialético, tendo em vista sua plasticidade no que concerne à apreensão das contradições e dos conflitos estabelecidos no curso da história do capitalismo. Ao final, corroborou-se a hipótese segundo a qual os territórios da vida humana podem ser reforçados como perspectivas de construção do comum, combatendo o discurso único que impõe a cidade neoliberal.
Currently, the urban space is produced by different agents based on interests and practices from a neoliberal logic, trying to crush everything in its path. However, this urban experience does not completely erase the possibilities of strengthening the human life territories, constructing the possibilities of the common. This paper reflects on the current trend in terms of the urban space organization, raising and/or consolidating the various rersistance shapes face to authoritarian and violent spatial practices inherent to this rationality. The approach method of this reflection is close to historical-dialectical materialism, due to its flexibility relative to the apprehention of contradictions and conflicts established during the course of the capitalism’s history. Finally, we corroborated the hypothesis through which the human life territories can be reinforced as perspectives for the construction of the common, fighting against the unique discourse that imposes the neoliberal city projet.