As discussões sobre a formação do Fisioterapeuta na sociedade contemporânea passam pela reformulação histórica das funções dos profissionais da área e demandam um olhar cuidadoso sobre o Estágio, enquanto componente curricular que proporciona aos estudantes em formação a aproximação com os contextos de vivência concreta da profissão. Compreendendo o trabalho do Fisioterapeuta para além das técnicas, e reconhecendo-o como práxis, registra-se a necessidade de um movimento constante de reflexão sobre a prática por parte dos profissionais responsáveis pela supervisão dos Estágios Curriculares, de forma que estes não se reduzam apenas à aplicação de técnicas, à observação e ao preenchimento de instrumentais. Os saberes da docência, necessários à prática educativa, têm sua origem a partir dos saberes da experiência. Nesse sentido, reconhece-se a história da formação do professor de Fisioterapia como importante referência para a construção de sua identidade como docente desta área. Assim, o objetivo deste estudo é investigar como as experiências vivenciadas pelos professores de estágio, desde a sua formação inicial, interferem na forma como planejam, executam e avaliam as propostas pedagógicas de Estágio no curso de Fisioterapia. Para tanto, realizou-se a revisão de literatura relativa a Estágio Curricular Supervisionado, articulada à aplicação de um questionário semiestruturado junto a quatro professoras de uma Instituição Privada de Ensino Superior do Estado do Ceará. Os resultados apontam para os saberes da experiência como elementos de grande importância na construção de propostas de Estágio mais próximas dos desafios da profissão e da formação profissional.