Introdução: Estresse se define por condição de desequilíbrio da homeostase individual, que acarreta diante do fator estressor, a necessidade de adaptação. Atualmente, estudantes do curso de medicina vivem um contexto de competição, alta e exaustiva carga horária curricular que somada às atividades extracurriculares e responsabilidades particulares, fazem com que tenham pouco acesso a atividades de lazer, descanso e horas de sono, desencadeando altos e constantes níveis de estresse. Objetivo: Identificar e analisar a ocorrência de estresse na vida dos estudantes de medicina. Método: Trata-se de estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, com aplicação do questionário semiestruturado elaborado pelos autores e a Escala de Estresse Percebido. Resultados: Participaram voluntariamente 125 alunos matriculados no curso de medicina, sendo 99 (79,2%) do sexo feminino e 26 (20,8%) do sexo masculino, com predomínio das idades entre 20-22 anos (46,4%). De acordo com os dados obtidos, o sexo feminino (28,69) apresentou um índice de estresse maior que o sexo masculino (26,96). Também foi possível observar que as pessoas que moram acompanhadas (27,88) apresentam maior estresse que os que moram sozinhos (28,58). Os participantes obtiveram média geral de 28,3, variando de 24,6 na sétima etapa a 33,2 na terceira etapa. Conclusão: O estudo confirma a presença de altos níveis de estresse em estudantes de medicina, principalmente em mulheres e em quem vive com outras pessoas. A transição do ciclo básico para o clínico foi identificada como um fator estressor significativo. Recomenda-se a implementação de estratégias para promover a saúde mental e o bem-estar dos estudantes de medicina.
Introduction: Stress is defined as an unbalanced condition of individual homeostasis, which, given the stressor, entails the need for adaptation. Currently, medical students live in a context of competition, high and exhaustive curricular hours that, added to extracurricular activities and private responsibilities, mean that they have little access to leisure activities, rest and hours of sleep, triggering high and constant levels of stress. Objective: To identify and analyze the occurrence of stress in the lives of medical students. Method: This is an observational, cross-sectional study, with a quantitative approach, applying a semi-structured questionnaire developed by the authors and the Perceived Stress Scale. Results: 125 students enrolled in the medical course voluntarily participated, 99 (79.2%) female and 26 (20.8%) males, with a predominance of ages between 20-22 years (46.4%). According to the data obtained, female students (28.69) showed a higher stress level than male students (26.96). It was also observed that individuals living with others (27.88) presented higher stress levels than those living alone (28.58). Participants had an overall average of 28.3, ranging from 24.6 in the seventh stage to 33.2 in the third stage. Conclusion: The study confirms the presence of high levels of stress among medical students, mainly in women and those who live with others. The transition from the basic cycle to the clinical cycle was identified as a significant stressor. It is recommended to implement strategies to promote the mental health and well-being of medical students.
Introducción: El estrés se define como una condición de desequilibrio de la homeostasis individual, lo que genera la necesidad de adaptación ante un factor estresor. En la actualidad, los estudiantes de medicina se encuentran en un contexto de competencia, con una carga horaria curricular alta y extenuante, sumada a actividades extracurriculares y responsabilidades personales. Esto limita su acceso a actividades de ocio, descanso y horas de sueño, desencadenando altos y constantes niveles de estrés. Objetivo: Identificar y analizar la presencia de estrés en la vida de los estudiantes de medicina. Metodología: Estudio observacional, transversal, de enfoque cuantitativo, con aplicación de un cuestionario semiestructurado elaborado por los autores y la Escala de Estrés Percibido. Resultados: Participaron 125 estudiantes voluntarios del curso de medicina, 99 (79,2%) mujeres y 26 (20,8%) hombres, con predominio del grupo de edad entre 20 y 22 años (46,4%). Según los datos obtenidos, las estudiantes del sexo femenino (28,69) presentaron un nivel de estrés más alto que los del sexo masculino (26,96). También se observó que las personas que viven acompañadas (27,88) presentan mayores niveles de estrés que aquellas que viven solas (28,58). Los participantes obtuvieron una puntuación media general de 28,3, que varió de 24,6 en la séptima etapa a 33,2 en la tercera etapa. Conclusiones: El estudio confirma la presencia de altos niveles de estrés en los estudiantes de medicina, principalmente en mujeres y en aquellos que viven acompañados. La transición del ciclo básico al clínico se identificó como un factor estresor significativo. Se recomienda implementar estrategias para la promoción de la salud mental y el bienestar de los estudiantes de medicina.