Pretende-se investigar a ecolalia, no autismo, comparando-a com produções verbais de crianças que não apresentam obstaÌculos na aquisição da linguagem, tentando atraveÌs desse confronto discutir o efeito provocado no investigador. Foram acompanhados dois grupos de sujeitos: o Grupo A - formado por crianças sem dificuldades em sua trajetoÌria lingüiÌstica e o grupo B - composto por adolescentes autistas. O confronto com as verbalizações de um autista, indicou que, embora se tratasse de blocos ecolaÌlicos, parecia existir, em raros momentos, uma junção de partes desses blocos. Tal junção, entretanto, não chegou a configurar um movimento – apontado na fala das crianças do grupo A – de fragmentação (desestruturação) e reestruturação de cadeias verbais. Esse confronto ainda tornou possiÌvel uma discussão acerca do efeito que tais verbalizações provocam no investigador.