O estupor é uma sÃndrome negligenciada. Isso pode ser devido à sua baixa incidência, complexidade intrÃnseca e boa resposta à ECT. A pobreza do material clÃnico não tem permitido análises estatÃsticas e cientÃficas adequadas e, portanto, sua fenomenologia e neurofisiologia permanecem não esclarecidas. Questões importantes são: 1) se o estupor constitui uma forma estável de comportamento chegando a ser uma “sÃndrome complexaâ€; 2) se ele representa um comportamento pré- -programado ou vestigial que pode ser desencadeado por noxa severa, seja psicogênica ou orgânica; 3) se a personalidade e causa subjacente desempenham um papel modulador e 4) se os estupores orgânicos e funcionais compartilham mecanismos subjacentes similares ou, alternativamente, se referem a estados clÃnicos não relacionados. Um ponto de vista evolucionário deveria integrar os estupores neurológicos e orgânicos e justificar o uso da resposta de “congelamento†ou cataléptica ao estresse em animais como um modelo de pesquisa. Isso deveria, por sua vez, sugerir predições farmacológicas de interesse para o manejo do estupor humano.