O FAMILISMO NAS DIREITAS RADICAIS DO BRASIL E DA ALEMANHA: ANÁLISE A PARTIR DE NARRATIVAS DE JOVENS ATIVISTAS

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ISSN: 2236-8493
Editor Chefe: Rita de Cássia Pereira Farias
Início Publicação: 29/06/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Demografia, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Economia, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

O FAMILISMO NAS DIREITAS RADICAIS DO BRASIL E DA ALEMANHA: ANÁLISE A PARTIR DE NARRATIVAS DE JOVENS ATIVISTAS

Ano: 2024 | Volume: 35 | Número: 1
Autores: Beatriz Besen
Autor Correspondente: Beatriz Besen | [email protected]

Palavras-chave: Familismo, Direitas Radicais, Discursos, Neoconservadorismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir de dados empíricos de um estudo comparado sobre o ativismo juvenil nas Direitas Radicais do Brasil e da Alemanha, identificou-se o familismo como base discursiva de agendas transnacionais. O presente artigo apresenta e analisa um conjunto de narrativas de jovens ativistas, investigando sistemas de representação eelencando elementos discursivos das Direitas Radicais que promovem a legitimação do familismo. Explora-sebrevemente o cenário de expansão das Direitas Radicais, situando a escolha pelo conceito. Destaca-se a agenda de defesa da família como ponto de encontro das normatividades do conservadorismo social e do neoliberalismo. No caso alemão, identifica-se também o reforço de um familismo étnico-nacionalista, em meio à propagação da teoria da 'grande substituição'. Tal reflexão permite identificar que, por meio da moralização das crises econômicas, representações–biológicas e étnico-raciais –têmsido mobilizadas para posicionar a família como uma 'instituição sob ataque', retratando grupos e movimentos como ameaças iminentes



Resumo Inglês:

Based on empirical data from a comparative study on youth activism in the Radical Right in Brazil and Germany, familism has been identified as a discursive foundation of transnational agendas. This article presents and analyzes a set of narratives from young activists, investigating systems of representation and listing discursive elements of the Radical Right that promote the legitimation of familism. It briefly explores the scenario of the expansion of the Radical Right, situating the choice of concept. The agenda of family defense is highlighted as a point of convergence between the norms of social conservatism and neoliberalism. In the German case, an ethnic-nationalist familism is also identified, amid the propagation of the 'great replacement' theory. This reflection allows us to identify that, through the moralization of economic crises, representations—biological and ethnic-racial—have been mobilized to position the family as an 'institution under attack,' portraying groups and movements as imminent threats.



Resumo Espanhol:

partir de datos empíricos de un estudio comparado sobre el activismo juvenil en las Derechas Radicales de Brasil y Alemania, se identificó el familismo como base discursiva de agendas transnacionales.El presente artículo presenta y analiza un conjunto de narrativas de jóvenes activistas, investigando sistemas de representación y enumerando elementos discursivos de las Derechas Radicales que promueven la legitimación del familismo. Se explora brevemente el escenario de expansión de las Derechas Radicales, situando la elección del concepto. Se destaca la agenda de defensa de la familia como punto de encuentro de las normatividades del conservadurismo social y del neoliberalismo. En el caso alemán, también se identifica el refuerzo de un familismo étnico-nacionalista, en medio de la propagación de la teoría de la 'gran sustitución'. Tal reflexión permite identificar que, a través de la moralización de las crisis económicas, se han movilizado representaciones—biológicas y étnico-raciales—para posicionar a la familia como una 'institución bajo ataque', retratando a grupos y movimientos como amenazas inminentes