Fazer uma reflexão sobre o ofício de antropólogo naquilo que é seu métier, ou seja, o trabalho de campo, é quase sempre pensar no enfrentamento de muitos desafios. Estes, no entanto, tendem a ser ainda maiores quando a pesquisa é parte de uma demanda política (pública) que se coloca como urgente em face das condições de insegurança (de todas as ordens) nas quais os grupos pesquisados se encontram. Neste artigo faremos uma breve reflexão sobre a nossa atuação como antropólogos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, ao longo de alguns anos lidando diretamente com a política de regularização de territórios quilombolas. Apontaremos algumas, dentre as principais dificuldades que enfrentamos neste exercício e as estratégias que utilizamos para ultrapassar as mesmas e efetivamente contribuir para a realização de etapas importantes do processo de regularização dos territórios das comunidades quilombolas que apresentam demanda por titulação coletiva no órgão.
Make a reflection of the role of the Anthropologist in what is his métier, in other words his fieldwork; it is almost always about facing many challenges. However, these tends to be even greater when the research is part of a (public) political demand, which poses as urgent in the face of insecure conditions (of all kinds) in which the groups surveyed are immerse. In this article we will briefly make a reflection on our work as anthropologists in the Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, over a few years directly dealing with the policy of regularization of Quilombola territories. We will point out some of the main difficulties that we face in this exercise and the strategies we use to overcome them and effectively contribute to the accomplishment of important stages of the process of regularization of communities Quilombola territories which present a demand for collective titration of the land in the government organ.