As abelhas são responsáveis por grande parte da polinização cruzada dependente de animais, e sua criação tem relevância tanto econômica quanto ambiental. Portanto, os apicultores e meliponicultores, além de produzirem mel e outros produtos, podem ser importantes no processo de preservação desses insetos. Todavia, as criações sofrem com diversas pragas e doenças, como o ácaro da varroa, a nosemose e a cria ensacada, por exemplo. Ultimamente, outros fatores, como aquecimento global, desmatamento e uso de pesticidas, decorrentes da atividade antrópica, tem causado grande mortalidade de abelhas. Mas, um dos problemas atuais tem sido o furto de colmeias. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a ocorrência de furto na apicultura e meliponicultura, através de questionário semi-estruturado, disponível online, com respostas anônimas e voluntárias. Dos 259 que responderam, 29,1% afirmaram já ter sido furtado. O item mais visado pelos meliantes foi o enxame, pois 83% declararam que já perderam em caixas ou iscas. Apesar do alto índice de furtos, 75,5% não registraram ocorrência e 56,4% não acreditam que o registro tenha algum efeito prático. Desta forma, conclui-se que o homem, apesar de promotor das criações, pode ser considerado uma praga da apicultura e meliponicultura e necessita-se de políticas específicas para a atividade de criação de abelhas.
Bees are responsible for the majority of cross-pollination dependent on animals, and their breeding has economic and environmental relevance. Therefore, beekeepers and stingless bee breeders, in addition to producing honey and other products, can be important in the process of preserving these insects. However, bees suffer from various pests and diseases, such as varroa mites, nosemosis and sac brood disease, for example. Lately, other factors, such as global warming, deforestation and use of pesticides, resulting from anthropic activity, have caused high bee mortality. But, one of the current problems has been the theft of hives. Thus, this study aimed to assess the occurrence of theft in beekeeping and meliponiculture, through a semi-structured questionnaire, available online, with anonymous and voluntary responses. Of the 259 who responded, 29.1% said they had already been stolen. The item most targeted by thieves was beehives, as 83% declared that they had already lost in wooden boxes or baits. Despite the high rate of thefts, 75.5% did not report the occurrence to the police and 56.4% do not believe that the record has any practical effect. Thus, it is concluded that the man, although promoter of the creations, can be considered a pest of beekeeping and stingless bee creations, and needs specific policies for the activity.