Desde 1996 o planejamento de investimentos do
governo brasileiro tem sido organizado em planos
quadrianuais: Brasil em Ação (1996-1999), Avança
Brasil (2000-2003), PPA [Plano Plurianual] (2004-2007),
PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] (2008-
2011), e PAC-2 (2012-2015). Cada plano tem incluÃdo
uma longa lista de rodovias, barragens e outros grandes
projetos de infraestrutura na Amazônia. Vários desses
projetos têm sido incluÃdos em uma série de planos,
pois restrições econômicas não permitiram a realização
das obras no ritmo inicialmente imaginado. Este é o
caso de obras como a hidrelétrica de Belo Monte e as
rodovias BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-319 (Manaus-
Porto Velho). Estes projetos adiados estão hoje sendo
realizados ou próximos à realização. Uma série de
modelos tem sido elaborada por diferentes grupos
para prever as consequências futuras, caso essas obras
sejam realizadas. Diferentes modelos captam diferentes
aspectos da problemática, e vários deles indicam grandes
aumentos de desmatamento e degradação, com graves
implicações ambientais e sociais. Um dos modelos parte
da premissa de que as estradas teriam efeitos nulos ou
até benéfi cos sobre total de desmatamento, mas essa
suposição contradiz o que é observado no mundo real.
Since 1996 the planning of the Brazilian Government’s
investment has been organized into four-year plans:
Brazil in Action (1996-1999), Advance Brazil (2000-
2003), PPA [Multi-Annual Plan] (2004-2007), PAC
[Program for the Acceleration of Growth] (2008-2011),
and PAC-2 (2012-2015). Each plan has included a
long list of roads, dams and other large infrastructure
projects in the Amazon. Several of these projects have
been included in a number of plans because economic
constraints have prevented the completion of the
projects at the pace initially imagined. This is the case
with projects such as the Belo Monte Hydroelectric
Dam and the BR-163 (Cuiabá-Santarém) and BR-
319 (Manaus-Porto Velho) Highways. These delayed
projects are now either under construction or about to
start. Models have been developed by different groups
to predict the future consequences if projects such as
these are undertaken. Different models capture different
aspects of the problem, and many of them indicate large
increases in deforestation and degradation with serious
environmental and social implications. One of the
models takes as a point of departure the assumption that
roads would have negligible or even benefi cial effects on
total deforestation, but this contradicts what is observed
in the real world.