O presente artigo é um estudo introdutório sobre o papel do livro didático de história na formação da consciência social das relações de gênero. Nosso problema gira em torno dos elementos constituintes da narrativa histórica do livro didático e de suas consequências na compreensão das relações de gênero ao longo da história. Lançamos mãos de dois referenciais teóricos, o do pós-estruturalismo e do materialismo histórico. A despeito das particularidades e diferenças teóricas, ambas as perspectivas desvelam relações de poder que produzem visões de mundo que compõem a narrativa histórica no âmbito da identidade de gênero, inclusive no livro didático.