O gênesis ficcional de Lobato: a representação da natureza

Odisseia

Endereço:
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova
Natal / RN
59078-970
Site: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/index
Telefone: (84) 3342-2220
ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O gênesis ficcional de Lobato: a representação da natureza

Ano: 2022 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Vanessa Hey
Autor Correspondente: Vanessa Hey | [email protected]

Palavras-chave: Monteiro Lobato, O macaco que se fez homem, Era no Paraíso, ecocrítica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O conto “Era no Paraíso...” (1923), de Monteiro Lobato, se constrói como uma paródia do Gênesis bíblico. Influenciado pela teoria darwiniana, o narrador nos mostra o desenvolvimento dos seres, em especial, do ser humano, como um “descender com modificações”, que explica o seu comportamento frente às questões da vida e, por conseguinte, da natureza. No conto, a reação da natureza, que somente ocorre como projeção no futuro, está intimamente ligada às ações humanas; aquilo que antes era representado de forma harmoniosa transforma-se drasticamente, graças ao chamado ‘progresso’ da humanidade, em um cenário apocalíptico. Dialogando com textos de Darwin e Benjamin, a presente leitura privilegia a análise da forma como o texto lobatiano representa a natureza, adotando, nessa investigação, um viés ecocrítico.



Resumo Inglês:

The short story “Era no Paraíso...” (1923), by Monteiro Lobato, is constructed as a parody of the biblical Genesis. Influenced by Darwinian theory, the narrator shows us the development of beings, especially human beings, as a “descend with modifications”, which explains their behavior in the face of life issues and, therefore, of nature. In the tale, the reaction of nature, which only occurs as a projection into the future, is closely linked to human actions; what was previously represented in a harmonious way is drastically transformed, thanks to the so-called 'progress' of humanity, in an apocalyptic scenario. In dialogue with texts by Darwin and Benjamin, the present reading privileges the analysis of the way in which the Lobatian text represents nature, adopting, in this investigation, an ecocritical bias.