Este trabalho discute as transformações ocorridas em Os sofrimentos do jovem Werther (1974),
de Johann Wolfgang Von Goethe, a partir das reflexões bakhtinianas, dentre elas, o herói em
constante devir na narrativa romanesca, contraposto ao herói épico. Na passagem de uma
cultura anteriormente caracterizada pela oralidade, Bakhtin (2002), em Epos e romance,
apresenta as facetas do romance enquanto gênero polimorfo e em ascensão. Assim, são
discutidos aspectos da formação estrutural e social do romance vinculados à obra em análise,
ambientada na Alemanha do século XVIII. São utilizados, também, aportes teóricos de Hauser
(1995), Guinsburg (1978) e Korfmann (2012).