O presente trabalho tem como objetivo refletir a vivacidade do humor a partir da obra O Riso de Henri Bergson (1859-1941), apresentando, num primeiro momento, a teoria do riso do filósofo citado como sendo a correção do “mecânico sobreposto ao vivo”, que é identificado no social. Essa correção pode causar dor na pessoa do outro, já que, não levando em conta suas emoções, o riso como correção pode ser humilhante para quem dele é objeto. No segundo momento, buscará compreender se existe alguma responsabilidade do humor em relação a pessoa do outro, ou seja, procurar-se-á identificar se o humor seria insensível a pessoa do outro, sendo capaz de rir “contra o outro” ou se seria solidário a ponto de compartilhar alegria, rindo “com o outro”. Por fim, diante do contexto hodierno, marcado como sendo uma sociedade do cansaço e do esgotamento, o trabalho indagará se o humor teria alguma contribuição, trazendo leveza para enfrentar a realidade, ou se seria somente uma forma dela fugir.