Na filosofia, em particular na filosofia do direito, são recorrentes os movimentos contra o domÃnio da técnica sobre elementos culturais. Frequentemente, os argumentos atacam uma concepção iluminista ou cartesiana do conhecimento, para a qual haveria verdades absolutas e o método mais adequado para alcançá-las (ou, ao menos, prová-las) seria a dedução lógica. As crÃticas continuam, afirmando que as verdades, hoje, são relativas e construÃdas na linguagem e na história, sendo assim incapazes de submissão a um esquema racional-dedutivo como a modernidade cartesiana propõe. A superação do paradigma moderno supõe a vigência de um paradigma epistemológico que flerta com o relativismo. Este texto vem mostrar, a partir de algumas ideias do autor Ian Shapiro, que é possÃvel ver de forma diferente a concepção moderna da ciência, pois o projeto da modernidade já teria suposto os elementos relativistas que hoje são usados para rejeitar o ideal iluminista de progresso cultural e moral através da técnica.
In philosophy , particularly the philosophy of law, applicants are movements against the domination of technology over cultural elements . Often, arguments attacking a Cartesian or Enlightenment conception of knowledge , for which there would be absolute truths and the most appropriate to achieve them (or at least try them ) method would be the logical deduction. The criticism continued , stating that the truths today are relative and constructed in language and history, and thus incapable of submission to a rational -deductive schema as the Cartesian modernity proposes . The overcoming of the modern paradigm assumes the validity of an epistemological paradigm that flirts with relativism . This text goes to show , from some ideas of the author Ian Shapiro , it is possible to see differently the modern conception of science as the project of modernity would have supposed relativists elements that are used today to reject the Enlightenment ideal of progress cultural and moral through technology.