O presente artigo tem o objetivo de apresentar como o mito do duplo é atualizado no filme Cisne Negro (2010), de Darren Aronofsky. Para tanto, nos sustentaremos no aporte teórico de Bergson (1999) e da Antropologia do Imaginário (DURAND, 1983, 1996, 1997, 1998). Nosso corpus de análise foi limitado a duas imagens publicitárias do filme, bem como no enredo desenvolvido ao longo da trama – sem o qual as imagens não poderiam ser interpretadas. As imagens foram divulgadas juntamente com o longa e retratam, respectivamente, o cisne branco e o cisne negro. A partir delas, classificamos as imagens que, dinamizadas pela memória, presentificam-se na história de Cisne Negro e captamos, a partir delas, as possíveis ressonâncias míticas do mito do duplo. Palavras-chave: Corpo. Memória. Imaginário. Mito do duplo. Cisne Negro.