Este artigo visa apresentar algumas contribuições da Filosofia Prática de Immanuel Kant na fundamentação do conceito de dignidade humana. Para tanto, será demonstrado como a razão pura na sua dimensão prática é capaz de fornecer um princípio universalmente válido para o reconhecimento da dignidade inalienável da pessoa, que é “sempre fim e jamais meio”, isto é, como o imperativo categórico – expresso na máxima “Aja de modo a usar a humanidade, tanto na sua pessoa quanto na pessoa de outrem, a todo instante e ao mesmo tempo, como um fim, mas jamais apenas como um meio” – consolida e universaliza a ideia de que a pessoa é dotada de um valor universal e absoluto, o que faz da dignidade humana a fonte de todo valor moral, corroborando a consolidação dos direitos humanos.