O Instituto Benjamin Constant e o Sistema Braille

Benjamin Constant

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Site: http://revista.ibc.gov.br/
Telefone: (21) 9889-8617
ISSN: 1984-6061 (on-line)
Editor Chefe: Bianca Della Líbera e Luiz Paulo da Silva Braga
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O Instituto Benjamin Constant e o Sistema Braille

Ano: 2014 | Volume: 0 | Número: Especial
Autores: Jonir Bechara Cerqueira, Cláudia Regina Garcia Pinheiro, Elise de Melo Borba Ferreira
Autor Correspondente: Luiz Paulo da Silva Braga | [email protected]

Palavras-chave: Instituto Benjamin Constant, sistema braille

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

[...] E haverá quem pretenda que se não deve[m] estabelecer em todos os países instituições para cegos? Ninguém ousará sustentá-lo. Por este meio dão-se à sociedade braços e talentos, de que ela estaria privada, braços e talentos que podem servi-la e ilustrá-la. Para prova desta verdade, lancemos as vistas sobre a França. Uns, como Mrs. Mon-couteau e Gauthier, são conhecidos por músicos e compositores, outro (Mr. Montal), adquire medalhas nas exposições nacionais pela boa composição de seus pianos, um outro, Mr. Foucault, aperfeiçoa o sistema peculiar de escrita, inventa novas máquinas e, além dos louvores de seus companheiros reconhecidos, recebe de juízes imparciais diferentes medalhas como recompensa de seu gênio. Cinquenta bancos de órgão são ocupados por organistas cegos saídos da Instituição. Um outro cego, Mr. Alex. Rodembach, educado também na Instituição de Paris, publicou um grande número de obras e é, desde muito tempo, representante de seu município na câmara dos deputados da Bélgica. Enfim um grande número de obreiros cegos, como torneiros, tapeceiros, marceneiros, etc., etc., ganham hoje sua vida de maneira honesta e pacífica. Depois deste quadro, aliás toscamente desenhado, que governo não invejará a glória de fundar um semelhante estabelecimento? Quanto a nós, devemos esperar tudo do grande Imperador que felizmente nos rege, e dos ilustrados conselheiros da sua coroa; nós conhecemos bem de perto sua bondade para duvidar um só momento de que ele deixe de acolher com entusiasmo, e de dar sua alta e munificente proteção a um projeto que a nada menos tende do que a restituir, por assim dizer, à existência, uma grande porção de seus súditos.



Resumo Inglês:

[...] And will there be those who claim that institutions for the blind should not be established in all countries? No one will dare support you. By this means society is given arms and talents, which it would be deprived of, arms and talents that can serve and illustrate it. To prove this truth, let us cast our sights on France. Some, like Mrs. Mon-couteau and Gauthier, are known to musicians and composers, another (Mr. Montal) acquires medals in national exhibitions for the good composition of his pianos, another, Mr. Foucault, perfects the peculiar writing system , invents new machines and, in addition to the praise of his recognized comrades, receives different medals from impartial judges as a reward for his genius. Fifty organ benches are occupied by blind organists from the Institution. Another blind man, Mr. Alex. Rodembach, also educated at the Paris Institution, has published a large number of works and has long been the representative of his municipality in the Belgian Chamber of Deputies. Finally, a large number of blind workers, such as turners, upholsterers, carpenters, etc., etc., today earn their living honestly and peacefully. After this crudely drawn picture, what government will not envy the glory of founding such an establishment? As for us, we must expect everything from the great Emperor who happily rules us, and from the illustrious advisers of his crown; we know very closely his goodness to doubt for a single moment that he fails to welcome with enthusiasm, and to give his high and munificent protection to a project that tends nothing less than to restore, as it were, to existence, a large portion of his subjects.



Resumo Espanhol:

[...] ¿Y habrá quienes afirmen que las instituciones para ciegos no deberían establecerse en todos los países? Nadie se atreverá a apoyarte. De esta manera la sociedad recibe armas y talentos de los que se vería privada, armas y talentos que puedan servirla e ilustrarla. Para probar esta verdad, fijemos nuestra mirada en Francia. Algunos, como la señora Mon-couteau y Gauthier, son conocidos por músicos y compositores, otro (el señor Montal) adquiere medallas en exposiciones nacionales por la buena composición de sus pianos, otro, el señor Foucault, perfecciona el peculiar sistema de escritura, inventa nuevas máquinas y, además de los elogios de sus reconocidos compañeros, recibe diferentes medallas de jueces imparciales como recompensa a su genialidad. Cincuenta bancos de órganos están ocupados por organistas ciegos de la Institución. Otro ciego, el Sr. Alex. Rodembach, también educado en la Institución de París, ha publicado un gran número de obras y ha sido durante mucho tiempo el representante de su municipio en la Cámara de Diputados de Bélgica. Finalmente, un gran número de obreros ciegos, como torneros, tapiceros, carpinteros, etc., etc., hoy se ganan la vida con honestidad y tranquilidad. Después de este cuadro crudamente dibujado, ¿qué gobierno no envidiará la gloria de fundar tal establecimiento? En cuanto a nosotros, debemos esperar todo del gran Emperador que felizmente nos gobierna, y de los ilustres consejeros de su corona; conocemos muy de cerca su bondad para dudar por un solo momento de que no acoja con entusiasmo, y para dar su alta y generosa protección a un proyecto que tiende nada menos que a restituir, por así decirlo, a la existencia, una gran parte de la vida. sus súbditos.



Resumo Francês:

[...] Et y aura-t-il ceux qui prétendent qu'il ne faut pas créer des institutions pour les aveugles dans tous les pays ? Personne n'osera vous soutenir. Par ce moyen, la société reçoit des armes et des talents dont elle serait privée, des armes et des talents qui peuvent la servir et l'illustrer. Pour prouver cette vérité, jetons notre dévolu sur la France. Certains, comme Mme Mon-couteau et Gauthier, sont connus des musiciens et compositeurs, un autre (M. Montal) acquiert des médailles aux expositions nationales pour la bonne composition de ses pianos, un autre, M. Foucault, perfectionne le système d'écriture singulier, invente de nouvelles machines et, outre les éloges de ses camarades reconnus, reçoit différentes médailles de juges impartiaux en récompense de son génie. Cinquante banquettes d'orgue sont occupées par des organistes aveugles de l'Institution. Un autre aveugle, M. Alex. Rodembach, également formé à l'Institution de Paris, a publié un grand nombre d'ouvrages et a longtemps été le représentant de sa commune à la Chambre des députés belge. Enfin, un grand nombre d'ouvriers aveugles, tels que tourneurs, tapissiers, menuisiers, etc., etc., gagnent aujourd'hui honnêtement et sereinement leur vie. Après ce tableau grossièrement dressé, quel gouvernement n'enviera pas la gloire de fonder un tel établissement ? Quant à nous, il faut tout attendre du grand Empereur qui nous gouverne avec bonheur, et des illustres conseillers de sa couronne ; on connaît de très près sa bonté de douter un seul instant qu'il n'accueille pas avec enthousiasme, et de donner sa haute et généreuse protection à un projet qui ne tend rien moins qu'à restituer, pour ainsi dire, à l'existence, une grande partie de ses sujets.