A pesquisa propõe investigar a participação do Jornal A Pacotilha nos discursos sobre a infância pobre no Maranhão, na primeira república, que ecoava pelo país anseios nacionalistas de proteção e amparo das crianças. A filantropia e os discursos higienistas demarcaram o tempo de inserção de instituições assistenciais nos estados que, pautados na experiência do Rio de Janeiro em 1901, reproduzem discursos, partindo dos ideais propostos pelo Dr. Moncorvo Filho. Partindo da análise documental da coluna Infância Desvalida, semanalmente publicada no jornal, objetiva-se compreender as práticas governamentais e da elite local para consolidarem os anseios republicanos e construírem espaços de governo das pessoas que estavam fora dos padrões nacionalistas. Nos estudos de Gondra e Schueler (2008), Rizzini (1993) e Lima (1951), encontram-se análises sobre as sociedades, o poder, a educação das crianças por meio da institucionalização e a assistência científica, na fala de seus representantes. Com os resultados dessas análises, pretende-se ampliar os estudos sobre políticas assistenciais para as crianças pobres maranhenses, evidenciando a participação dos impressos periódicos na divulgação dos propósitos filantrópicos de higiene e educação infantil durante a Primeira república.