Este estudo aborda as práticas editoriais próprias do século XIX brasileiro, após a
chegada da Corte Portuguesa e da conseqüente abertura para que se construÃsse a imprensa
periódica no Rio de Janeiro e em outros pontos do Brasil, associando-as à produção literária (ou
não) publicada nos jornais, sua circulação e sua recepção, a partir do enfoque da folha paulista
O Diabo Coxo. Trata-se de uma investigação acerca da importância da diagramação das
páginas, da relação texto/anúncio, do uso de imagens, do tipo utilizado para a impressão do
texto, do tamanho do periódico, enfim, das estratégias dos tipógrafos/editores de jornais, no
Brasil do oitocentos, a fim de que pudessem aproximar do jornal uma sociedade oralizada por
séculos de um colonialismo controlador do impresso. A História da Leitura produzida por
Roger Chartier, bem como reflexões de Márcia Abreu, Lúcia Santaella, Marisa Lajolo e outros
estudiosos da cultura impressa, fundamentam este estudo.