Nesta conferência analisa-se o impasse do juiz que se vê chamado a servir à justiça, por dever de consciência, e a aplicar a lei, ainda quando injusta, por dever de ofÃcio. Deslocando a discussão da difÃcil relação do juiz com a lei para o ethos inÃquo do social, a exposição conclui que todos temos, mas especialmente o juiz pela natureza das responsabilidades que lhe são inalienáveis, o dever moral de servir à justiça – dever que paira acima da imposição jurÃdica –, em busca de uma sociedade mais ética.
This paper analyses the judge’s impasse of having to serve justice, by duty of consciousness and for having to apply the law, even when it is unjust, as an obligation of his position. Placing the discussion of the difficult relationship of the judge and the law upon the iniquitous ethos of the social, the article concludes that we all have, even more the judge, by the nature of the responsibilities that are for him uncompromising, the moral duty of having to serve justice – duty which is above all juridical imposition – in lieu of a more ethical society.