Este artigo centra-se na interpretação do pensamento protagórico que consta,
principalmente, na obra platônica Teeteto. A partir da clássica defesa de Protágoras, realizada
pela personagem Sócrates, procurou-se compreender em que medida o diálogo oferece a
possibilidade de pensar a sofÃstica enquanto um movimento filosófico que justifica tanto as
coisas da particularidade de cada um (ho ánthropos métros), quanto suas conseqüências
públicas (nómos). Destarte, investiga a relação entre aÃsthÄ“sis (percepção/sensação) e lógos,
oferecida à sofÃstica por Platão, e sua consequencia mais direta: a justificação teórica que
fornece razão de ser à pólis democrática.
This article focuses on the interpretation of Protagoras thought contained mainly in
the platonic work Theaetetus and in a small part of Protagoras. From the classic defense of
Protagoras, held by the character Socrates in the Theaetetus, it was tried to understand to what
extent the dialogue offers the possibility of thinking sophistry as a philosophical movement that
justifies both the particularity of things of each one (ho ánthropos métros) and its public
consequences (nómos). Thus, it is investigated the relationship between aÃsthesis
(perception/sensation) and lógos offered to sophistry by Plato, and its most direct consequence:
the theoretical justification that provides the democratic pólis the reason for being.