Aproximando crítica literária dos estudos sobre patrimônio cultural brasileiro, analisamos como Manuel Bandeira assume, no volume Crônicas da província do Brasil (1937), o lugar de autoridade no exercício da crítica para legitimar o panteão de autores que compõe a memória consagrada de nosso patrimônio literário. O rol de eleitos constitui-se em um legado bandeiriano à memória modernista,responsável por retroalimentar a elaboração do caráter modernizante da arte e da cultura nacionais. Assim,atentamos tanto para a posição consagrada de Bandeira, poeta renomado desde a publicação de Libertinagem (1930), quanto para seu lugar consagrador: membro do conselho consultivo do SPHAN desde 1937 e integrante desde 1940 da ABL, o escritor ocupa um lugar prestigioso para definir quem pode ou não integrar tal panteão. Mediante as crônicas do poeta, propomos debater sobre a recepção de obras e autores modernos na preservação da memória literária modernista brasileira.
Bringing literary criticism closer to studies on Brazilian cultural heritage, we analyze how Manuel Bandeira assumes, in the volume Crônicas da província do Brasil (1937), the place of authority in the exercise of criticism to legitimize the pantheon of authors that make up the recognition memory of our literary heritage. The list of those elected constitutes a legacy of Bandeira to the modernist memory, responsible for feeding back the elaboration of the modernizing character of national art and culture. Thus, we pay attention both to the established position of Bandeira, a renowned poet since the publication of Libertinagem (1930), and to his recognition place: member of the SPHAN advisory board since 1937 and member of the ABL since 1940, the writer occupies aprestigious place for define who can or cannot be part of this pantheon. Through the poet’s chronicles, we propose to debate there ception of modern works and authors in the preservation of Brazilian modernist literary memory
Acercando la crítica literaria a los estudios sobre el patrimonio cultural brasileño, analizamos cómo Manuel Bandeira asume, en el volumen Crônicas da provincial do Brasil (1937), el lugar de autoridad en el ejercicio de la crítica para legitimar el panteón de autores que componen el reconocimiento de la memoria de nuestro patrimonio literario. La lista de elegidos constituye un legado de Bandeira a la memoria modernista, responsable de retroalimentar la elaboración del carácter modernizador del arte y la cultura nacional. Así, prestamos atención tanto a la posición establecida de Bandeira, poeta reconocido desde la publicación de Libertinagem (1930), como a su lugar de reconocimiento: miembro del consejo asesor de la SPHAN desde 1937 y miembro de la ABL desde 1940, las ocupaciones del escritor. un lugar prestigioso para definir quién puede o no ser parte de este panteón. A través de las crónicas del poeta, proponemos debatir la recepción de obras y autores modernos en la preservación de la memoria literaria modernista brasileña.