O presente trabalho tem por objetivo analisar criticamente a relação dialógica que se realiza no processo de convergência entre a ficção de Umberto Eco e Ricardo Piglia e a produção tanto teórica quanto ensaÃstica dos mesmos, cujo resultado é a construção de duas imagens de leitores participativos: o leitor-modelo, de Eco, e o leitor-detetive, de Piglia. Com efeito, parte-se dos textos crÃtico-teóricos para que a partir deles se ilumine na análise literária o diálogo intertextual para o qual confluem as poéticas de Eco e Piglia, cujas espinhas dorsais estruturam-se sob uma narrativa metaficcional.