O Livro didático como suporte na relação entre cultura e literatura no ensino do francês como língua estrangeira
BABEL: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras
O Livro didático como suporte na relação entre cultura e literatura no ensino do francês como língua estrangeira
Autor Correspondente: Divaneide Cruz Rocha Luna | [email protected]
Palavras-chave: Cultura, Literatura, Livros didáticos, Ensino de FLE.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Despertar no aprendiz o interesse pelo conhecimento dos aspectos culturais da língua estrangeira constitui-se em uma forma de mostrar-lhe que a língua é viva e que linguagem e cultura estão interligadas. Ao estudar a cultura da língua alvo, é oferecida, aos aprendizes, a oportunidade de perceber que as maneiras de viver não são homogêneas. Nesse sentido, o livro didático é um dos principais recursos para o ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras, auxiliando o professor na ministração das aulas e direcionando a escolha de conteúdos, como, por exemplo, os aspectos culturais. Assim,o presente trabalho tem por objetivo discutir de que maneira o texto literário e o tema do intercultural são apresentados em alguns livros didáticos de FLE, com o intuito de identificar a relação entre literatura e cultura nos referidos materiais. Fundamentados nas reflexões Cuq e Gruca (2009); Abdallah-Pretceille e Porcher (2001) e Santos (2006), privilegiamos uma análise bibliográfica, dos dois primeiros volumes dos seguintes livros didáticos: Forum(2000); Toutvabien(2005); Alter Ego (2006); Alors?(2007) e Mobile(2012). Portanto, partimos da constatação que o estudo do texto literário deve ser integrado em uma abordagem progressiva para a aquisição e/ou aprendizagem da língua, devendo ser trabalhado desde o início da aprendizagem, pois a literatura manifesta-se como o resultado de uma excelente relação entre a língua e a cultura. Dentre os nossos principais resultados, podemos destacar que mesmo considerando que a literatura é uma via de acesso aos diferentes modelos culturais, os autores dos manuais oferecem raros textos literários nos primeiros volumes; e, quando há essa proposta, não há um cuidado em se trabalhar a literatura em uma perspectiva de diálogo intercultural.
Resumo Francês:
Réveiller l'intérêt des étudiants envers la compréhension des aspects culturels de la langue étrangère est une manière de montrer à l'apprenant que la langue est vivante et que langue et culture sont intimement liées. A travers l’étude de la culture de la langue cible, il est ainsi offert aux apprenants la possibilité de se rendre compte que les modes de vie ne sont pas homogènes. En ce sens, le manuel de didactique est une ressource majeure pour l'enseignement / l’apprentissage des langues étrangères, assistant le professeur dans l’administration des cours et orientant le choix du contenu, tels que les aspects culturels. Ainsi, ce présent travail a pour objectif de porter une réflexion sur la manière dont le texte littéraire et le thème de l’inter-culturalité sont présentés dans les manuels didactiques de FLE, afin d'identifier le lien entre littérature et culture au sein de ces derniers. En nous basant sur les contributions de Cuq et Grucca (2005); Abdallah-Pretceille et Porcher (2001) et Santos (1997), nous avons privilégié une analyse bibliographique, portant sur les volumes 1 et 2 des manuels: Forum(2000); Tout va bien(2005); Alter Ego (2006); Alors?(2007) et Mobile(2012). Pour ce faire, nous sommes partis de l'observation que l'étude du texte littéraire doit être intégrée dans une approche progressive pour l'acquisition et / ou l'apprentissage de la langue, et qu’elle doit être travaillée dès le début de l'apprentissage, du fait que la littérature se présente comme le résultat d'une relation étroite entre langue et culture. Parmi nos principaux résultats, nous pouvons souligner que, malgré le fait que la littérature soit un moyen d'accès à différents modèles culturels, les concepteurs de manuels offrent rarement des textes littéraires dans les premiers volumes; et, lorsqu’ils sont mis à disposition, il n’y a pas cette intention de travailler la littérature dans une perspective de dialogue interculturel.
