Este texto tem como objetivo discutir a importância da historicização das formas de representação do espaço entendido não apenas como o suporte de determinada lembrança, mas como a noção que possibilita a tomada de consciência do mundo: de si e dos outros, nos momentos em que é transformado em lugar, paisagem, território, região. Esta noção é crucial para a compreensão dos processos históricos em que se estabelecem os limites e fronteiras sociais e as estratégias de identificação. Considerando as experiências de pesquisa de um recorte espacial específico - o oeste de Minas, tomado como estratégia de investigação das formas espaciais e sociais -, procura-se pensar melhor os processos de identificação e diferenciação para tentar compreender as relações sociais e históricas dos sujeitos. Enfim, tentativa de apreensão, ao mesmo tempo, das condições históricas espaciais de socialização e das condições sociais de diferenciação do espaço.
This paper aims to discuss the importance of historicizing forms of representation of space understood not only as the support of particular memory, but as the notion that enables understanding the world: themselves and others, in times when it is transformed into a place, landscape, territory, region. This notion is crucial for understanding the historical processes in which they establish the limits and boundaries and strategies of social identification. Considering the experience of searching for a specific spatial area, west of Minas, taken as a research strategy of spatial forms and social thinking seeks to better the processes of identification and differentiation to try to understand the social and historical subjects. Finally, discusses the importance to consider at the same time, the historical conditions of spatial socialization and the social differentiation of space.