O Lugar da Música na Semiose Midiatizada: O Funk Proibidão investigado como caso

Lumina

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ISSN: 19814070
Editor Chefe: Gabriela Borges Martins Caravela
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

O Lugar da Música na Semiose Midiatizada: O Funk Proibidão investigado como caso

Ano: 2020 | Volume: 14 | Número: 3
Autores: Ferreira, J, Staldoni, L
Autor Correspondente: Ferreira, J | [email protected]

Palavras-chave: Midiatização, Música, Semiose, Circuito, Funk Proibidão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo desenvolve hipótese sobre o meio e objeto música para a investigação na perspectiva da midiatização. Na primeira parte, apresentamos a hipótese geral sobre a midiatização acionada, referenciada em Verón (2014) e Ferreira (2018). Localizamos nesse lugar epistemológico o objeto e meio musical inseridos em contextos de produção e recepção, emergência e mutações do campo da música. Finalizamos essa parte com proposições sobre a singularidade da música na semiose midiatizada. Na segunda parte, essa abordagem epistemológica é referência para inferências dedutivas, indutivas e abdutivas sobre o funk
proibidão. As inferências são apresentadas como proposições e questões relativamente à linguagem do proibidão – enquanto meio-música e narrativas – e usos e apropriações dos meios na configuração de circuitos, coletivos, táticas e outras linguagens. A singularidade da inserção do funk proibidão no espaço público ampliado é colocar em cena rupturas em relação às hegemonias dos meios musicais da modernidade – referenciados na racionalidade da partitura, na música enquanto sublimação do real e das poéticas não menos sublimadoras. Certamente, o funk proibidão não é único a ocupar esse espaço, pois se diferencia em relação ao conjunto do hip-hop (através do rap e do trap). Porém, a sua existência material – enquanto linguagem instrumental, narrativas, usos e apropriações dos meios em rede e reapropriações por atores que participam de seus circuitos – traz aos outros contextos sociais – musicais ou não – o imperativo comunicacional de interagir, com empatia ou repressão.