O MAR COMO METÁFORA NOS ROMANCES MAR MORTO, O VELHO E O MAR E NA PEÇA TEATRAL RIDERS TO THE SEA

Revista de Letras

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ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O MAR COMO METÁFORA NOS ROMANCES MAR MORTO, O VELHO E O MAR E NA PEÇA TEATRAL RIDERS TO THE SEA

Ano: 1997 | Volume: 1 | Número: 19
Autores: P. A. Vaughan
Autor Correspondente: P. A. Vaughan | [email protected]

Palavras-chave: Mar, Metáfora, Força feminina, Crença religiosa, Inimigo, Resignação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho é um estudo em Literatura Comparada que analisa o mar como metáfora no romance brasileiro Mar Morto de Jorge Amado, The Old Man and the Sea (O Velho e o Mar) do romancista americano, Ernest Hemingway, e a peça teatral Riders to the Sea (sem tradução em português) do dramaturgo irlandês, John Millington Synge. Focalizado principalmente no romance Mar Morto, este estudo considera o mar como um elemento que provoca atitudes diferentes nos personagens masculinos e femininos das três obras literárias. O relacionamento dos marítimos da Bahia com o mar é comparado ao de Santiago, o Velho do romance de Hemingway: eles o vêem como a força feminino dominante nas suas vidas e a fonte da sua crença religiosa. A percepção das mulheres é bem diferente. Comparando as mulheres de Mar Morto às de Riders to the Sea, observa-se que a atitude das mães, filhas, esposas e amantes daqueles cujas vidas são indubitavelmente ligadas ao mar, o consideram com um inimigo que lhes rouba o amor e a segurança que os homens poderiam dar. Há nestas mulheres, porém, uma estranha resignação à sua sorte e, quando a morte ocorre no mar, elas choram e reclamam mas, no final, aceitam o papel destinado a elas.