O massacre dos trabalhadores bancários e a ação sindical: sobrejornadas, metas excessivas, pressão, medo, práticas gerenciais autoritárias versus práticas preventivas

Boletim Da Saúde

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ISSN: 1021001
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 31/10/1969
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

O massacre dos trabalhadores bancários e a ação sindical: sobrejornadas, metas excessivas, pressão, medo, práticas gerenciais autoritárias versus práticas preventivas

Ano: 2006 | Volume: 20 | Número: 1
Autores: Jacéia Aguilar Netz, Jussara Maria Rosa Mendes
Autor Correspondente: Jacéia Aguilar Netz | [email protected]

Palavras-chave: processo saúde/doença, sindicalismo, trabalho bancário

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta os resultados de uma investigação
que analisa a relação entre a ação sindical desenvolvida na
área de saúde do trabalhador e a percepção dos trabalhadores
bancários sobre essas estratégias desenvolvidas
pelo seu sindicato. Foram entrevistados nove bancários
que procuraram o sindicato em decorrência de problemas
relacionados à sua saúde. O estudo indica que, para
estes trabalhadores, o adoecimento dos bancários está
relacionado ao excesso de trabalho, à grande pressão para
cumprimento de metas e à utilização de práticas gerencias
fundamentadas na gestão do medo da perda do emprego.
Na opinião dos entrevistados, a ação sindical está voltada
para o trabalhador já adoecido, na busca da inclusão
destes trabalhadores nos mecanismos de proteção da
saúde, não conseguindo intervir na prevenção. Para eles,
as razões da falta de intervenções preventivas estão relacionadas
a questões ideológicas, que impedem a presença
do sindicato nos locais de trabalho. O trabalho aponta
que, para a superação do modelo atual do sindicato, faz-se
necessária a massificação de informações sobre a temática
saúde do trabalhador, garantindo que essas informações
alcancem todos os locais de trabalho.



Resumo Inglês:

This article presents the results of an investigation that
analyzes the relation between the labor union action developed
in the area of occupational health and the perception
of the bank workers on these strategies developed
by their labor union. We interviewed bank workers who
resorted to the labor union, as a result of problems related
to their health. The paper indicates that, for these
workers, the illness of bank workers is related to the
excess of work, to the great pressure toward achieving
goals and to the use of managerial practices based on the
management of fear of losing the job. In the opinion of the
interviewees, the action of the labor union is directed to
the worker who is already ill, in an effort to include these
workers into the health protection mechanisms, instead
of being able to intervene in prevention. For them, the
reasons for the lack of preventive intervention are related
to ideological questions, which restrain the presence
of the labor union at the workplace. The paper points out
that, for the overcoming of the present model of labor
union, it is necessary to publish information en masse on
the subject of occupational health, to ensure that this
information reaches all work locations.