O artigo propõe uma discussão dos mecanismos e valores ligados à primazia do mercado que se traduzem, atualmente, em formas de cerceamento da produção cultural e da comunicação social. Nesse trajeto, refletimos sobre a noção de censura de mercado, considerando-a em contextos variados a partir de formulações de diferentes autores que compõem nosso referencial teórico, estabelecendo correlações com os conceitos de neoliberalismo, esfera pública e liberdade de expressão. Este trabalho se insere em correlação com outras pesquisas desenvolvidas no âmbito do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (Obcom) da Universidade de São Paulo, do qual os autores fazem parte e que tem como proposta o estudo aprofundado da censura e da liberdade de expressão na contemporaneidade.