A subordinação da cultura e dos meios de comunicação à lógica de consumo se consolidou no Brasil na década de 70. Vários fatores indicam que é neste momento que se dá o ingresso efetivo da comunicação de massa brasileira no modelo de Indústria Cultural, impulsionada por um amplo desenvolvimento na infra-estrutura do campo midiático, pela formação de um mercado consumidor e pelo contexto social da época. Em relação à imprensa, o fenômeno se verifica tanto nos grandes conglomerados de comunicação quanto em veÃculos regionais ou locais. Este é o caso de Rainha, revista católica do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que sofre profunda reforma no perÃodo, refletindo a estruturação observada em escala maior. Nosso objetivo é descrever a estruturação do modelo de consumo de massa na mÃdia brasileira, exemplificado através da reforma em Rainha. O intuito desse trabalho é explicar, analisando capas de edições dos anos 70, como a revista transita do modelo católico-evangelizador para de cultura de massa.