Este artigo aborda a trajetória do emblemático modelo de capitalização individual da previdência social chilena, problematizando o legado de desproteção social no enfrentamento da Covid-19. Parte do diálogo com teorias de Estados e regimes de bem-estar social, identificando características centrais do modelo chileno. Até a década de 1970 o país desenvolveu um regime universalista-estratificado. Com as reformas neoliberais, passou a adotar o modelo de capitalização individual, em detrimento de um sistema público. O movimento de (re)mercantilização da política mostrou ao mundo sua ineficiência em termos da garantia de direitos, acentuando ainda a desproteção social neste contexto de pandemia da covid-19.
This paper focuses on the paths taken by the emblematic individual capitalization model of Chilean social security. It problematizes the social deprotection legacy and limits to deal with the Covid-19 pandemic. The study dialogues with Welfare States and regimes theories, in order to identify the Chilean model. Until the 1970s, Chile had developed a universalist-stratified social regime. The neoliberal reforms introduced an individual capitalization against of the public system. The policy (re) commodifying is evaluated as inefficient and it does not guarantee social rights. As a result, the social inequalities and deprotection have been accentuating in the Covid-19 pandemic context.