O modernismo e suas abordagens em Moçambique e Angola

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

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ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

O modernismo e suas abordagens em Moçambique e Angola

Ano: 2012 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Rui Paes Mendes
Autor Correspondente: Rui Paes Mendes | [email protected]

Palavras-chave: modernismo, urbanismo, arquitectura, colonialismo, áfrica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ditadura portuguesa condicionou a vida de Portugal durante grande parte do séc. XX, procurando regular todos os sectores da vida portuguesa à vontade do Estado, indo sua intervenção até a uma imposição do gosto e da estética dos seus cidadãos que se refletiram na arquitetura e no urbanismo. Os arquitetos portugueses, inicialmente conformados a uma política de encomenda do Estado Novo, vêm a ser influenciados com o advento do modernismo, com forte impacto junto às novas gerações de arquitetos que se formam na década de 1940. A nova visão preconizava que a arquitetura deveria aproximar-se dos anseios do cidadão, numa linguagem internacional que conduziria à própria reorganização da cidade. Essa visão é fortemente influenciada pela produção arquitetónica brasileira, que se revelaria essencial, pois do ponto de vista climático era muito semelhante ao continente africano, existindo diversas soluções e técnicas já experimentadas e saberes sedimentados que poderiam ser transpostos para aquele contexto. Até a independência, as colónias portuguesas experimentam um conjunto de intervenções arquitetónicas e urbanísticas influenciadas pelo modernismo brasileiro. Com a independência, a generalidade dos arquitetos regressa a Portugal, introduzindo novas contribuições estilísticas na paisagem urbana portuguesa, mas alguns partem (também) para o Brasil, estabelecendo sua atividade naquele país.



Resumo Inglês:

During most of the 20th century, Portuguese dictatorship conditioned the life of Portugal looking to regulate all sectors of Portuguese life to the will of the state, including an imposition of aesthetics in landscape and life of its citizens as reflected in architecture and urbanism. The Portuguese architects initially were submitted to a policy of the State, became influenced by modernism, with strong impact on new generations of architects from (19)40. The new vision advocated that architecture should approach the aspirations of citizens in a international language that lead to the reorganization of the city itself. This view is strongly influenced by Brazilian architectural production that has proven ideal to the climatic characteristics, very similar to that in the African continent, where several solutions and techniques were tested and sedimented. Until the independence, Portuguese colonies experienced a set of architectural and urban interventions influenced by Brazilian modernism. With the independence the majority of architects returned to Portugal introducing new stylistic contributions in Portuguese urban landscape but some went (also) to Brazil establishing its activities in that country.