Trata o presente artigo da variação da média pretônica /e/, em posição prevocálica, a partir do protocolo da Geossociolinguística. Descreve-se e analisa-se essa variação no português falado em quatro comunidades indígenas do Médio Xingu, sendo duas Asuriní do Xingu (Itaaka e Kwatinemo) e duas Araweté (Ipixuna e Pakaña). Para o estudo, 512 dados foram registrados para a variável /e/. Foram analisados três fatores sociais: localidade, sexo e faixa etária. Os resultados apontam combate entres as variantes [e], [ɛ] e [i], sendo [e] levemente mais frequente nos dados gerais, mas ocorrendo preferências distintas a depender da sociedade e comunidade investigada. As dimensões diassexual e diageracional avaliadas também apresentam atuação relevante sobre o fenômeno em estudo.