Neste artigo, apresentamos pesquisas e discussões frente à legislação trabalhista para o campo,
no Estado Novo no Rio Grande do Sul. A maioria do patronato entendia ser desnecessária a regulamentação
trabalhista devido à “harmonia social†que reinaria no meio rural. Entretanto, frente às transformações sociais
experienciadas pelos trabalhadores rurais, são sintomáticos (essencialmente na região sul do estado) os roubos
de gado, recorrentemente noticiados, que podem ter sido uma ação de reivindicação ao direito a sobrevivência
por ex-peões, como relatos literários do perÃodo colocam. Por outro lado, cartas com pedidos de auxÃlio aos
poderes públicos também podem ser entendidas como uma forma de ação dos trabalhadores do campo. Se estes
atos não podem ser percebidos como ações que visavam à transformação estrutural da sociedade, também não se
pode negar que contestavam a ordem social vigente.