O mundo lá fora: O cinema direto e o novo jornalismo

Estudos Em Jornalismo E Mídia

Endereço:
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Florianópolis / SC
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo
Telefone: (48) 3721-4831
ISSN: 19846924
Editor Chefe: Rogério Christofoletti
Início Publicação: 31/05/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

O mundo lá fora: O cinema direto e o novo jornalismo

Ano: 2010 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Julio Bezerra
Autor Correspondente: Julio Bezerra | [email protected]

Palavras-chave: Documentário, jornalismo, realismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta desse artigo é traçar um movimento de aproximação e estranhamento entre o cinema direto e o novo jornalismo americanos. Ambos os movimentos foram fortemente influenciados pela literatura realista de Flaubert, Dickens e outros; fizeram uso de recursos ficcionais para tratar de fatos e personagens; alimentaram questionamentos éticos; e se afirmavam a partir de uma série de premissas a respeito do “real”. Em uma tentativa de capturar a realidade por meio de novos formatos, jornalistas e cineastas chamaram a atenção para os seus processos e estilos. De um lado, essas experimentações pareciam radicais; mas, do outro, por mais revolucionários que pudessem parecer, os movimentos funcionavam a partir de uma visão conservadora e tradicional do que vem a ser o “real” e a possibilidade de representá-lo.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to trace a movement of approach and estrangement between direct cinema and new journalism. Both movements were strongly influenced by the realistic literature of Flaubert, Dickens and others; made use of resources to deal with fictional events and characters; fueled ethical questions; and justified themselves from a number of assumptions about the “real”. In an attempt to capture reality through new formats, journalists and filmmakers draw attention to their processes and styles. On the one hand, their strategies seemed radical, but on the other, these movements were operating from a conservative and traditional view of what is the “real” and the possibility to represent it.