Este texto analisa a práxis nos marcos da vida social burguesa a partir de uma concepção de ontologia do ser social. Afirma-se que a constituição e o desenvolvimento do processo de reprodução da vida social ou práxis têm como eixo central o trabalho. O trabalho é aqui conceituado como apropriação da natureza exterior mediada pela consciência e pelos instrumentos do trabalho com a finalidade de transformála e subordiná-la à satisfação das necessidades humanas. Entende-se que nesse processo o homem também transforma a si mesmo controlando sua natureza interior instintiva e instituindo em seu lugar uma natureza humanizada e histórico-social. Defende-se que essa compreensão de homem e de mundo seja a base sobre a qual a formação profissional do assistente social deva se sustentar. Como o Serviço Social é uma profissão investigativa e interventiva, há uma preocupação em dotar o futuro assistente social de uma fundamentação teórico-metodológica e de valores éticopolÃticos que lhe assegurem a capacidade de apreensão e proposição de ações a partir das particularidades presentes no cotidiano da prática profissional.