A historiografia educacional brasileira, sobretudo no que tange aos estudos referentes ao século XIX, caracterizou frequentemente o negro como um escravo, que, destituído de direitos, estabelecia uma relação de exclusão com a sociedade e com os processos educativos. Ao não ser considerado um sujeito social pela historiografia tradicional, o negro se manteve durante longo período de tempo à margem também de nossa historiografia da educação. No entanto, nas últimas décadas vem se consubstanciando um movimento rico de superação do silencionamento que foi produzido em relação aos negros na história da educação. Abordagens mais problematizantes aliadas ao surgimento de inúmeras pesquisas e iniciativas passaram a privilegiar e considerar o papel ativo do negro dentro da história da educação no Brasil. Nesse sentido, o artigo se propõe a realizar um breve balanço, buscando sobretudo trazer perspectivas para se pensar o Estado - Nação imperial por meio de uma série de contribuições que dão visibilidade ao protagonismo negro na história.
Brazilian educational historiography, especially with regard to studies relates to the nineteenth century, often characterized the black as a slave, who deprived of rights, established a relationship of exclusion with society and educational processes. Not being considered a social subject by traditional historiography, the black remained for a long period of time also on the fringes of our historiography of education. However, in recent decades there has been a rich movement to overcome the silencing that has been produced in relation to blacks in the history of education. More problematic approaches coupled with the emergence of numerous researches and initiatives began to privilege and consider the active role of blacks within the history of education in Brasil. In this sense, the article proposes to make a brief balance, seeking above all to bring perspectives to think the imperial Nation State.