Desde a chegada do neoliberalismo em solo brasileiro, os governos vêm orquestrando sucessivos ataques ao direito à saúde através de contrarreformas na política de saúde que visam o enxugamento do Estado. A partir do fim do ciclo petista, as investidas contra o Sistema Único de Saúde são intensificadas. Nesse cenário, o presente ensaio discute os desafios impostos à Política Nacional de Promoção da Saúde, tais como as ameaças de sua restrição à ênfase nos comportamentos de risco, à normatização sobre os estilos de vida individuais e a crescente privatização de suas ações, incorrendo no risco de descaracterizá-la enquanto política pública.
Since the arrival of neoliberalism on Brazilian soil, governments have been orchestrating successive attacks on the right to health through counter-reforms in health policy aimed at reducing the state. From the end of the PT cycle, the attacks against the Unified Health System are intensified. In this scenario, the present article discusses the challenges posed to the National Health Promotion Policy, such as the threats of its restriction to the emphasis on risk behaviors, normalization about individuallifestyles and the increasing privatization of its actions, risk of mischaracterizing it asa public policy.