O uso do passado como uma experiência legitimadora de interesses e demandas do presente tem suscitado debates por parte dos historiadores. Diante de tal questão, analisam-se as diferentes formas de apropriação do passado pelos homens, considerando-se os enfrentamentos sociais ocorridos historicamente. Entende-se que essas lutas fazem com que o passado seja objeto ora de negação ora de reiteração no presente. Tal antagonismo exprime a complexidade das relações humanas, que são constituídas por meio da totalidade social na qual o homem é formado. Cabe, portanto, ao historiador problematizar o entendimento que a sociedade faz a respeito do passado e situá-lo para além das representações que os homens fazem de si mesmos.
Use the past as a legitimizing experience of interests and actual demands has evoked debates by the historians. Faced with this question, we analyze the different forms of past ownership by men, regarding the social clashes occurred historically. It is understood that these struggles make that the past be a denial object and in other case a reiteration object in the present. Such antagonism expresses the complexity of human relationships that are made through the social totality in which the human being is formed. So, it concerns to the historian to problematize the understanding that society has about the past and to place it beyond the representations that men make about themselves.