Jean-Luc Godard, ao longo de sua carreira cinematográfica, sempre buscou inserir-se na tradição das rupturas, tecendo um movimento que lhe permitiu contestar os filmes consagrados da época e difundir uma nova tendência do cinema francês. Valorizando aspectos que lhe permitiram criar uma estética inovadora, a linguagem da pintura e do documentário agregam significados e intenções em suas histórias, apresentando um olhar órfico ao passado que evidencia a importância de tais narrativas no cinema. Para tanto, parte de sua filmografia, principalmente a obra Pierrot le Fou, será visitada pelas inúmeras intervenções da pintura na narrativa e a relação entre o cinema de Harun Farocki e o de Godard será considerada em seu aspecto de documentário.